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Projeto: Esporte

Tipo: Evento
Título: Museu do Futebol: emoção, história e diversão garantida
Evento: Lançamento Museu do Futebol
 
Matéria

Espaço dedicado à paixão nacional mostra também que o futebol faz parte da cultura do país.

Seja qual for o campo: gramado, terra, cimento ou areia, ele sempre é um grande acontecimento. Nas transmissões por rádio ou televisão, nos jornais, nos álbuns de figurinhas, nas camisetas ou numa conversa de bar, o futebol é o mais celebrado no país.

Agora, os melhores momentos e um grande acervo sobre o tema podem ser conferidos nas 15 salas que compõem o Museu do Futebol. Mais do que contar a história do futebol no único país pentacampeão, o Museu tem o objetivo de mostrar o contexto histórico e cultural de cada um dos momentos mais marcantes do futebol.

O Museu do Futebol tem como curador o jornalista Leonel Kaz, criador da Exposição Pelé, montada no Masp em 2001, e editor do livro "Brasil - Um século de futebol, arte e magia" (Aprazível Edições). A expografia está a cargo da dupla Daniela Thomas e Felipe Tassara.

Leonel ressalta que no local há bem mais que história de clubes e jogadores. “No Museu oferecemos um contexto sociocultural e político de cada época e copa”, assinala o curador, prosseguindo: “estamos orgulhosos de poder contribuir para despertar a memória coletiva sobre um esporte que faz parte de nossa história. O Museu do Futebol eterniza momentos de grande valor para os brasileiros, amantes ou não do futebol”.

O espaço fica embaixo das arquibancadas do Estádio do Pacaembu, em São Paulo, e ocupa uma área total de 6,9 mil metros quadrados. É uma iniciativa do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo, com concepção da Fundação Roberto Marinho e apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura e de empresas.


Acessibilidade

Classificado como museu de terceira geração, o espaço combina diversas mídias para contar como o Brasil transformou o futebol. Além disso, é o primeiro museu no país com programa especialmente desenvolvido para portadores de deficiência. “Não são apenas rampas e elevadores. Temos espaços em que o portador de deficiência vai poder realmente ter uma síntese do que é o museu”, afirmou Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, responsável pela concepção e realização do museu.

Para os deficientes visuais, por exemplo, as salas contarão com piso “podotátil”, semelhante ao da calçada da Avenida Paulista após a reforma. Já na sala com as bolas de futebol gigantes, há uma diferenciação de temperatura quando o visitante estiver dentro da bola. Além disso, os ambientes têm guias de áudio escritos por pessoas portadores de deficiências visuais e auditivas.


Uma viagem ao universo da bola

O passeio é feito de forma lúdica, por meio de experiências em torno de ciências e números que o futebol exibe, assim como divertidos jogos interativos. O museu está divido em três grandes setores temáticos: história, emoção e diversão.

Logo na entrada, num grande telão, o atleta do século – o Rei Pelé – nos contempla com boas-vindas em 3 idiomas (português, inglês e espanhol). É o pontapé inicial para a nossa viagem.

A primeira parada é uma homenagem ao torcedor, cuja ligação com o futebol talvez não passe de mera curiosidade. Camisas, flâmulas, bandeiras, postêres etc, são todos símbolos de amor aos clubes. Ao subir ao primeiro andar, encontramos o setor Pé na Bola. Nesta área, uma sequência de televisões traz imagens em close de ágeis pés que fazem malabarismos na pelada, passando por campinhos e estádios, numa bela exibição da criatividade e destreza.

Anjos Barrocos são os deuses, heróis ou ídolos de várias gerações de torcedores que agora aparecem pelo caminho. Os 24 criadores do futebol-arte como Tostão, Gerson, Djalma Santos, entre outros, podem ser vistos como anjos cujas asas os transportam pelo espaço até a catedral onde se cultuam a inventiva, a poética e a magia do jogo.

Uma paisagem futurística é a nossa próxima parada. Uma grande nave azulada é o elo para revermos os mais importantes gols da história do futebol brasileiro, com depoimentos de personalidades. Que tal ouvir um gol de Leônicas narrado por Geraldo José de Almeida ou por Osmar Santos quatro décadas depois? No espaço Rádios isso é possível. Lá é feita uma homenagem àqueles que alegraram as transmissões e ao sistema que ajudou a unir o país e o coração dos torcedores. Alguns dos gols estão disponíveis para download por meio de bluetooth, também oferecido pelo Santander.

Atividades lúdicas e interativas são exploradas ao máximo na Sala Jogo de Corpo, provocando grandes sensações. A área reúne um filme 3D com o jogador Ronaldinho Gaúcho como protagonista. Podemos acompanhar o esqueleto virtual do jogador se movimentar em três dimensões com o auxílio de óculos especiais e se transformar na imagem do craque que nos contempla com suas embaixadinhas.

Que tal bater uma bolinha? Isto é possível! Tanto na área da Bola Virtual – softwares de tecnologia alemã projetam um campo de futebol e bola por meio de iluminação infravermelha –, quanto no Chute a Gol – cobrar um pênalti, diante de um goleiro virtual e, ainda, ter a velocidade e a potência do chute avaliadas na hora por um programa de computador.

A explosão num gol e o agito da torcida é o destaque da área Exaltação, no segundo andar. Aqui é possível compartilhar da alegria e da paixão de várias torcidas. No lado oposto, entramos na sala Origens, que traça uma linha do tempo a partir do final do século XIX, com a chegada de Charles Miller e a primeira bola de futebol. São 431 fotos que exaltam a saga do nosso futebol e como a fusão étnica deu sentido, jeito de ser e a “ginga” ao esporte.

Passo-a-passo os batimentos cardíacos sobem, aumentando a emoção.
Chegamos agora ao espaço Heróis. A cada troca de imagens projetadas num prisma, vemos os ídolos da cultura brasileira, como o poeta Carlos Drummond de Andrade, o maestro Villa-Lobos, o compositor Ary Barroso, que influenciados pelo futebol de Leônidas da Silva, Domingos da Guia e outros mostram que este esporte influenciou as mais diversas manifestações culturais, até as mais eruditas.

Ao som das batidas rítmicas de milhares de corações, alcançamos o Rito de Passagem. Uma área escura e triste que apresenta a maior desilusão do esporte canarinho, a derrota da seleção brasileira para a do Uruguai no final da Copa de 50, no Maracanã. Quadro-a-quadro as imagens do jogo final são projetadas, de repente a bola está dentro do gol! Lentamente o goleiro Barbosa se levanta sem entender o que está acontecendo...

Mas ao chegarmos a Sala das Copas, o brio do brasileiro florece. O Brasil é único a participar de todas as Copas do Mundo e, também, o único a ganhar a taça por cinco vezes. Assistimos aos momentos mais marcantes das competições mundiais, muitas das quais saímos vencedores. Totens no formato de taça com fotos e vídeos mostram a moda, a música, os acontecimentos políticos, as transformações sociais e as derrotas e vitórias do escrete brasileiro em cada período.

Dedicada à parceria que nunca perdeu uma partida pela seleção, encontramos a Sala Experiência Pelé – Garrincha. Diferentes em quase tudo – estilo de jogo, personalidade, modo de viver– os dois igualam-se como artistas. É possível assistir à seis minutos de imagens, dedicadas a cada um dos atletas, revelando a genialidade dos craques dentro das quatro linhas.

Visão do Estádio e de Jogo
Para alcançarmos a outra ala do Museu, caminhamos sobre uma passarela. Nela é possível descansar e admirar a vista da Praça Charles Miller. Suspensa por tirantes, a passarela de madeira parece flutuar por trás do pórtico monumental do Estádio do Pacaembu.

Placas gigantes, super coloridas, apresentam em linguagem de almanaque a Sala dos Números e Curiosidades. Um trajeto recheado de dados, táticas, datas, estatísticas, histórias e superstição não poderia deixar de ser retratado no futebol. Entre os temas das placas, estão apelidos de jogadores, recordes, placares curiosos de jogos e regras do futebol. A sala reúne brincadeiras interativas (O que você faria se fosse o árbitro?) e nostálgicas (bolas, chuteiras e uniformes de todas as épocas).

Ao sair da Sala dos Números e Curiosidades, somos convidados a uma visão panorâmica do Estádio do Pacaembu, em meio às arquibancadas. Essa parada funciona como contraponto à visão da Praça Charles Miller, obtida da passarela que conecta a Ala Oeste à Ala Leste do segundo andar.

Já a Sala da Dança do Futebol, representada por bolas gigantes, é o lugar certo para revermos alguns dos gestos e movimentos que fazem da malícia do futebol um espetáculo deslumbrante. Por trás da emoção de um gol, de um drible, do arrojo de uma defesa, da luta por uma bola dividida, ouvimos crônicas de comentaristas como Juca Kfouri, Marcelo Duarte, João Máximo, entre outros.

As marcas do Rei – a primeira exposição

Marcas do Rei, homenagem ao maior atleta da história do esporte brasileiro, Pelé, dá o pontapé inicial nas exposições que passarão periodicamente pelo museu paulistano. Essa sala foi montada com base no acervo pessoal do jogador, colecionado ao longo de sua carreira. Entre os objetos mais particulares está o rádio de seu Dondinho, pai do atleta, com o qual escutou a final da Copa de 1950. Naquela época, o menino Bilé – origem do apelido de Pelé – prometeu vencer um mundial de futebol um dia para o pai. Também está lá a Bola de Ouro do milésimo gol.

“Quando soube da idéia fiquei honrado, principalmente por ter vindo de grandes amigos e parceiros que viveram grande parte desta história comigo. Este acervo é uma oportunidade de mostrar ao público os melhores momentos da minha vida, antes e depois do futebol”, ressalta Pelé.

Tocando a bola

A maioria do acervo do Museu do Futebol foi doada por clubes, personalidades e órgãos de imprensa. É um museu sem relíquias, que aposta na diversão e na interatividade multimídia. A inauguração conta também como parte das comemorações pelos 50 anos da conquista do primeiro Mundial da seleção brasileira, em 1958, em gramados da Suécia. Veja o que dizem personalidades que aprovaram e acreditam que o museu é uma grande “bola dentro”:

Para o ex-palmeirense Ademir da Guia, o museu é o espaço que faltava para coroar o futebol brasileiro. “A escolha do local – Pacaembu – não poderia ser melhor... Aqui eu vi meus ídolos de infância jogarem (Zizinho, Barbosa, Nilton Santos...), fiz gols e venci inúmeras vezes”, afirma.

Já o ex-corinthiano Biro-Biro tem grandes recordações do Pacaembu. Lembra de gols feitos em jogos importantes, com o estádio lotado e a torcida gritando seu nome. Com relação ao museu diz: “é um projeto singular. A população terá a oportunidade de conhecer e recordar os grandes craques que fizeram história pelos gramados brasileiros”. “Espetacular! É um espaço que contempla o futebol brasileiro e mundial”, ressalta o ex-árbito e comentarista esportivo da TV Globo, Arnaldo César Coelho.

“O Brasil como grande vencedor do esporte precisava ter um local que apresentasse sua grandeza. O museu é mais uma referência de parceria que deu certo. Um espaço diferente e interativo que amplia o leque de opções turísticas da cidade de São Paulo”, avalia Pedro Venceslau, jornalista do O Estado de São Paulo.

“Demorou” foi a palavra utilizada pelo músico e guitarrista Andreas Kisser sobre a inauguração do espaço. “O país tem uma tradição no futebol e necessitava de uma área dedicada ao esporte”, diz. Ele ressalta que o museu terá sua função educativa e cultural, já que os alunos das escolas públicas poderão visitar sem custo o espaço. “Será excelente a meninada conhecer um pouco da história do Brasil por meio do futebol”, comemora o fervoroso são-paulino.

O ex-craque da Portuguesa Edu Marangon, que passou por vários dos grandes clubes brasilerios, elogia a criação e, principalmente, as instalações do Museu do Futebol. “O povo brasileiro e de São Paulo precisavam de um espaço que celebrasse a história do esporte. A iniciativa é espetacular e o local escolhido é maravilhoso eespecial, pois traz grandes recordações pra mim. O passeio é fantástico!”, diz. O atleta lembra ainda de momentos felizes e marcantes que passou no estádio, como um gol feito no Corinthians quando atuava pelo Santos.

Já o tetracampeão e são-paulino Rai salienta que a implantação do Museu do Futebol apresenta o esporte contextualizando com a cultura. “O acesso a informação, a tecnologia e aos fatos históricos de cada época, privilegia o futebol e os brasileiros. É muito gratificante ter feito parte dessa história como atleta e cidadão”, diz orgulhoso.

Serviço
Museu do Futebol
Estádio Paulo Machado de Carvalho – Pacaembu
Praça Charles Miller, s/n° - Pacaembu
São Paulo

O horário de funcionamento é de terça-feira a domingo, das 9 às 17h, os ingressos custam R$ 6,00 (adultos) e R$ 3,00 (estudantes e terceira idade). Em dias de jogos, o museu não é aberto para visitação.
Saiba mais em www.museudofutebol.org.br

   
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